“Mística de Olhos Abertos: para uma espiritualidade do tempo presente”
A religião – bem como a arte, a literatura, a poesia, a música, etc. – deve servir como mediadora para o despertar ao sentido à vida, estimulando-nos ao movimento de saída, de descentralização de nós mesmos; e de entrada, em sintonia com o nosso eu-verdadeiro. A contemplação, característica de grandes místicos da história, ajuda muito nessa dinâmica. Ou seja: em ter um olhar mais atento para a vida que está escondida atrás das aparências, das exigências da atual sociedade do cansaço.
Trata-se, por conseguinte, da “Mística do Instante”, como diz o poeta português e cardeal José Tolentino Mendonça. Não é um desligar-se do mundo para entrar num espaço vazio, mas um reenvio de si para o interior de uma existência autêntica, ensinando a ser realmente presente no instante.
A proposta geral dada aos alunos foi perceber, através dos sentidos, os rastros do Sagrado deixados no cotidiano. Uma nova percepção da realidade, do tempo e das coisas que passam em suas rotinas diárias… Em seguida, as imagens capturadas através da câmera fotográfica de celulares foram apresentadas na sala Google, compartilhando com os demais os sentimentos experimentados.
Dessa forma, reiteramos com Inácio de Loyola, o santo que inspirou nossa querida Santa Cândida:
“Porque não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear internamente as coisas”.
